Thursday, April 16, 2009

ETIQUETAS



O vídeo acima,indicado pela Bia,além de me deixar embasbacada ,me fez lembrar de uma reunião que tivemos na escola,no início de março.A orientadora colocou,aleatóriamente,uma etiqueta ,na testa de cada professora presente.Não podíamos dizer nada sobre o que estava escrito nela e nem tínhamos acesso à um espelho.Andamos pela sala e depois de um tempo,podemos dizer apenas se que o que estava escrito lá realmente descrevia aquela pessoa ou não.
Caiu a ficha: rótulos + alunos= aquela mesma sensação da reunião pedagógica. Qual sensação?A pior possível!Eu não imaginava o que estava escrito na minha testa pela reação das minhas colegas.Quando puder ler minha etiqueta ,foi um alívio!Estava escrito SIMPÁTICA.
Aí eu trouxe este sentimento para a sala de aula e fiquei pensando em como nossos alunos sentem-se quando temos determinadas atitudes baseadas em "olhares" que não são os nossos,baseadas num tempo mínimo de convivência,baseadas nos preconceitos que temos,baseadas em coisa nenhuma.
A moça do vídeo recebeu um ETIQUETA GIGANTE antes de entoar aquela canção.Que maravilha a expressão no rosto daqueles jurados.
Escrevendo agora,pensei no fórum de EPNEE,com o tema inclusão:que etiqueta o governo quer colocar nas crianças que são "incluídas" sem a estrutura devida?
Será que a inclusão,da maneira como vem sendo feita,não é uma forma de etiquetar?

3 comments:

Beatriz said...

Mas sempre tem os que escamoteam não? Sempre tem os que não aprendem!!Esses é que são os perigosos
Que bom, eu estava louca para ver o video e não tinha tempo de procurar.
Um abração
Bea

Beatriz said...

Lu, qdo falo sobre os que escamoteam estava me referindo àquelas pessoas, como um dos jurados, que etiquetam, são preconceituosas, mas disfarçam. Quando se dão conta do preconceito não aprendem e mudam. Eles disfarçam e na próxima vez farão de novo. Isso é comum no professor. Ficou mesmo confuso.
Um abraço
Bea

Simone said...

Luciene tanto a dinâmica quanto o vídeo nos fazem pensar em questões bem importantes. Também ja participei desta dinâmica e lembro como é incômodo as pessoas nos olhando e não sabermos o que está escrito na nossa testa. Essa dinâmica pode render boas reflexões sobre rótulos, preconceitos e de como o olhar do professor pode fazer diferença para o aluno. O vídeo nos mostra como muitas vezes julgamos as pessoas apenas pela sua aparência física.
Sabemos que muitas dificuldades são encontradas nas escolas para incluir crianças com necessidades especiais, mas conhecemos casos em que alunos estão se beneficiando muito. O que nós, professores, podemos fazer para que nossos alunos tenham suas especificidades atendidas? É importante que a gente possa seguir refletindo, sonhando e acreditando em uma educação inclusiva e de qualidade. Um abraço, Simone - Tutora sede EPNE