Monday, October 18, 2010

EIXO VI

Ao retomar o Eixo VI decidi fazer uma postagem que englobasse todas as que lá estão. Foi, sem dúvida, o eixo onde fui mais crítica. Iniciei aquele semestre muito contente com a primeira atividade que abordava o tema ANCESTRALIDADE. Foi uma atividade prazeirosa, gostosa mesmo de realizar...busquei uma foto dos 70 anos da minha mãe onde aparecia várias gerações da família e a ausência daqueles que foram o início desta família também foi muito sentida. Bacana rever a tua história sobre este aspecto:  com quem e como tudo o que se é atualmente começou e terá segmento.Dentro deste eixo também abordamos a questão da Educação especial e mais uma vez, me vi frente ao meu passado: SÍNDROME DE DOW. Nesta postagem eu me via diante de duas crianças que fizeram a diferença na minha caminhada profissional, porque através delas retomei algo que tinha ficado lá nos anos 80, quando eu me achava preparada para trabalhar com crianças especiais. Numa visita à antiga sede da FADERS percebi que não estava. Foi a maior decepção que podia ter...comigo mesma. Lembro ter chorado muito  e engavetado  um sonho, um objetivo de vida. Anos depois, ao trabalhar com esta duas crianças, fiz o resgate do que eu pensei que havia perdido para sempre. Como nem "tudo são flores", neste semestre minha avaliação enquanto aluna , esteve nas mãos despreparadas de uma pessoa que fazia a tutoria do curso. Uma  avaliação de péssima qualidade, sem argumentação sólida, me fez sair do sério .Questionei a qualidade de avaliações como a que tinha sido realizada, porque  me foram dadas, pela mesma pessoa e sobre o mesmo trabalho, duas orientações completamente diferentes. Então é preciso excelência em relação à todos envolvidos no curso: professores, alunos, tutores. Seguindo a caminhada pelo eixo VI reli a postagem ETIQUETAS , onde abordei o "rótulo" que costumamos dar aos nossos alunos e às pessoas em geral, mesmo sem um conhecimento mais profundo desta ou daquela pessoa. Esta postagem surgiu em função de uma técnica utilizada onde trabalho, em que fui etiquetada e fiquei incomodada pelo fato de não saber o que estava escrito nela. Desta maneira costumamos "etiquetar" nossos alunos, a partir do relato de colegas que trabalharam com eles em anos anteriores, sem darmos a chance de conhecê-los melhor. Mas com certeza a postagem que mais me marcou foi a que fiz sobre uma atividade solicitada no semestre e da qual discordei por achar que ela estava me  induzindo a escrever e fazer algo que , na verdade, ilustraria  a opinião de uma professora e não necessariamente a minha. Neste questionamento todo, não me neguei a fazer a tal atividade, mas a realizei da forma que eu julguei ser aquela que realmente me mostraria dentro daquele contexto. Houve um impasse, mas a atividade , no final, foi considerada .Na postagem em questão ainda coloquei assim:

"Me incomoda perceber que um trabalho precisa ter a "cara " do professor e não do aluno.Infelizmente este não terá a "cara" de ninguém,porque se tiver a minha,não irá de encontro ao que espera a interdisciplina e se tiver a da interdisciplina,não irá de encontro ao que julgo ser o mais correto com meus alunos."   

Este  cuidado precisamos ter em nossa prática e avaliarmos sempre: com este ou aquele trabalho, pretendo o que?

Por fim, um grande presente...  recebi um comentário que me deixou muito feliz sobre a primeira versão do portifólio deste eixo. Relembrei meus primeiros eixos onde eram necessária   três versões até se chegar no resultado necessário. A caminhada que se faz até conseguir  avaliar e reavaliar suas próprias produções  é longa, e perceber que você é alguém neste percurso, alguém que produz , alguém que busca e encontra o que foi buscar, não tem preço.

ANALISANDO EIXO V : APOSENTADORIA

Um dos melhores trabalhos que desenvolvemos em grupo, sem dúvida foi o trabalho sobre APOSENTADORIA. No wiki aberto para os devidos registros, postamos duas entrevistas que me marcaram demais. Uma com  a colega MARION que acabara de se aposentar e outra com a professora BEA que já desfrutava dela há mais tempo. Apesar de termos programado a coleta destes depoimentos,  a entrevista nada mais foi do que um bate papo bem informal. O mais interessante é que pude estabelecer uma comparação entre as duas e como se sentiam nesta posição de aposentadas  e a minha mãe que não aceitava e não aceita até hoje estar fora da sala de aula. Marion, naquela época começava a sentir o gosto de um belo descanso após anos de sala de aula. Euforia, ansiedade , expectativa por este momento tão esperado. Muitos planos de como usufruir dele.Bea já  fazia um relato das vantagens deste momento de vida usufruido há mais tempo que a colega Marion. As duas abordaram a questão da qualidade  de vida após anos de trabalho intenso. Minha mãe trazia a questão de sentir-se inútil e sem vontade nenhuma de diminuir o ritmo enlouquecedor que é a vida de uma professora. Este trabalho me proporcionou conhecer a ESCOLA DE GESTÃO PÚBLICA, da Prefeitura de Porto Alegre, que mantém um curso preparatório para os servidores que estão há 5 anos da aposentadoria,onde são abordados temas que os próprios servidores  sugerem para esclarecimentos de dúvidas relativas a este assunto:

- Planejamento profissional e pessoal
- Aspectos médicos e psicológicos
- Gestão de recursos financeiros e domésticos
- A dimensão familiar no momento da aposentadoria
- Partilhando experiências e contatos
- Relação com o corpo
- Discussão de filmes com temas relativos a esse momento de vida

Aposentardoria pode  ter significados diferentes, dependendo do momento de vida em que o aposentado se encontra.  Aposentadoria pode ser mudança ou acomodação, depende do ponto de vista de cada um! 


Sunday, October 17, 2010

RETOMANDO EIXO IV

Desde o início do curso ouvimos das professoras Bea e ìris a importância de mantermos o blog atualizado e com postagens consistentes, bem fundamentadas. Pois na busca por uma postagem que ilustrasse a análise do eixo IV, me  vi frente a nenhuma que realmente chamasse a minha atenção como um retrato deste período de estudos. Imediatamente lembrei das orientações que persistem até o dia de hoje, pois precisamos do blog para a finalização do curso. Minha busca seguiu até chegar a esta sobre o portfólio. Na verdade , pude constatar que não fiz uma análise sobre este trabalho que nos acompanha desde o primeiro semestre, mas apenas reproduzi uma  definição para ele e...nada mais. E agora? Como analisar um momento importante do eixo IV se não disponho de uma material criativo, bem fundamentado , que valha a pena ser retomado. Bem, como escreveu a tutora Maura " fazer do limão uma limonada". Minha análise volta-se para a falta de material para esta análise. Para  a falta de ouvidos àquela orientação que nos acompanha desde o princípio.Neste eixo inclusive , postei um texto de Rubem Alves chamado ESCUTATÓRIA, que versa justamente sobre isso: aprender a ouvir.  Pois eu postei o tal texto, li e reli, e mesmo assim....2 anos depois percebo que deveria tê-lo registrado não só por escrito. E aí alguns aspectos que considero importantes, já tentando linká-los ao espaço da sala de aula, ou melhor ao trabalho desenvolvido lá :

1- mesmo estando no IV eixo porque a orientação dada desde o  Eixo I   não foi seguida como deveria?
2- as atividades desenvolvidas neste eixo realmente foram significativas a ponto de merecerem uma postagem consistente e de destaque no blog?
3- porque imediatamente transpus para a sala de aula a situação que vivencio agora: falta de material criativo?

Basicamente minha prática entra em análise quando me refiro à criatividade e atividades  significativas. Quantas vezes o professor faz uma autoavaliação sobre esta ou aquela aula dada? A certeza de que se desenvolve um excelente trabalho porque se chega a um determinado nivel de excelência, já reconhecido no meio, pode paralisar nossa criatividade, nossa sede de saber e de aprender com nossos alunos. Pode ser que isto tenha acontecido com meus professores neste eixo ou comigo mesma, pelo desempenho que  vinha apresentando e sendo reconhecido desde o Eixo I.
Mesmo finalizando o curso e estando há 25 anos na sala de aula, sem saber quantos alunos exatamente já passaram por mim, me vejo percebendo, mais uma vez, a importância de  retomar, avaliar minha prática enquanto professora sempre e minha postura enquanto aluna. Valeu muito a retomada do Eixo IV!

Sunday, October 03, 2010

Evidências e argumentação- Eixo III/ SI

No eixo III começamos a trabalhar com evidências e argumentações a partir do filme "12 Homens e uma sentença". Tínhamos que identificá-las em determinados trechos dos filmes e depois éramos questionadas pelas professoras Ìris e Bea sobre o porque considerávamos uma evidência e/ou uma argumentação.Foi necessário tornar-se um personagem do filme para entender o que cada personagem trazia para aquele contexto, como se estivéssemos realzando uma investigação paralela a do filme.Uma preparação para todo o resto do curso e para todas as atividades que desenvolvemos até hoje. É necessário ter muito claro o que desejamos  salientar, porque, qual sua importância e depois fundamentar isso teóricamente.Este trabalho também nos preparou para a realização dos PAs (Projetos de Aprendizagem) .Dai surgiu o trabalho sobre stress, das ABELHUDAS PEDAGÓGICAS , em 2008.  Foi necessário tornar-se um personagem do filme para entender o que cada personagem trazia para aquele contexto, como se estivéssemos realzando uma investigação paralela a do filme.

Mosqueteiras pedagógicas:Uma por todas e todas por uma!

Esta é , sem a dúvida, a melhor lembrança deste curso todo. Começou quando tivemos que fazer um trabalho para a professora Sílvia Meirelles (TICS) e no final deste trabalho a Katia Diehl colocou um imagem dos mosqueteiros. Lembro que  questionamos o motivo e ela falou que era pra dizer que não havíamos gostado daquele trabalho e que éramos contra a informática (Uma por todas e todas por uma!). Início de curso, estress total....aos poucos este grupo de trabalho foi descobrindo afinidades e o que era coleguismo , virou amizade. Começamos a participar da vida uma da outra e nos ajudarmos muito perante às dificuldades de cada uma. Certa vez eu estava  muito desanimada com o curso e convoquei as mosqueteiras e outras amigas que passaram a compor este grupo para uma tarde saborosa: chá e gostosuras , bate papo e uma injeção de ânimo para seguir em frente. Sempre era assim quando uma precisava da outra.Hoje as mosqueteiras já não são mais aquele grupo e nem todas estarão na formatura , mas com certeza tudo o que passamos juntas ficará gravado e guardado com muito carinho em meu coração.